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Como já foi dito, os(as) alunos(as) que chegam à escola, alguns(mas) já nascidos(as) no novo milênio, são cabeças digitais, usuários(as) de MSN, participantes em redes sociais, blogueiros(as), que desafiam a escola a se colocar em um novo tempo, o que exige que ela deixe de ser analógica. Seriam estudantes 2.0 (numa referência à chamada web 2.0) em escolas 1.0.

São indivíduos imagéticos, considerados como multitarefas, tendo que viver em uma escola marcada pela monotonia, caracterizada pela monofonia da fala do(a) professor(a) e pela monocromia do quadro, enquanto seu mundo é invadido por video games, telefones celulares, tocadores de MP3, notebooks, netbooks, tablets

Uma pequena amostra de inserção de novas tecnologias no ensino aparece no vídeo Jack Choi: on the virtual dissection table (2012), que tipo de implicações o dispositivo apresentado traria para aulas de anatomia que o utilizassem?

 

O ano de 2011, segundo especialistas, teria sido o ano dos tablets, que superaram, em vendas, os notebooks e os netbooks. 2012, por sua vez, teria sido o dos ultrabooks. Todos esses novos equipamentos impactam a sociedade, isto é, modificam de forma significativa suas formas de acesso às informações. O ano de 2013 foi o da chegada dos tablets às escolas, mas poderá também ser classificado, ainda, como o ano dos smartphones.

Porém muitas das iniciativas de introdução de modernas tecnologias digitais esbarram em um enorme obstáculo: os(as) professores(as) e os(as) gestores(as) de escolas que, de maneira geral, jamais foram preparados(as) para incorporá-las no seu fazer cotidiano nos processos de aprendizagem.

Os(as) professores(as) e gestores(as), em sua vida pessoal, tornam-se usuários(as) de computador, editam textos, utilizam planilhas, comunicam-se por e-mail, eventualmente integram-se a redes sociais digitais.

Na escola, os(as) professores(as) frequentemente lançam mão de softwares de apresentação, como o PowerPoint, mas isso é pouco e não se dirige à aprendizagem, no máximo destina-se ao ensino.

Ao invés de continuar fingindo que as tecnologias digitais não existem para a aprendizagem, ou que o assunto não lhes diz respeito, o melhor é que os(as) professores(as) tornem-se também cidadãos(ãs) de uma cibercultura, criem intimidade com esses recursos e os incorporem em seu cotidiano, notadamente na relação com seus(suas) alunos(as).  Logo, os(as) professores(as) terão que lidar com ideias como a da flipped classroom, da educação aberta (KHAN, 2012), com a utilização de recursos educacionais abertos – em inglês: open educational resources, (OER) – e de acesso gratuito (SANTANA; ROSSINI; PRETTO, 2012). Possivelmente, na sua formação permanente,  criarão seus próprios ambientes pessoais de aprendizagem – em inglês: personal learning environment – (MOTA, 2009).

As tecnologias de informação e comunicação não deverão ser usadas apenas por um modismo. Para isso, os(as) professores(as) devem ser capazes de estabelecer vínculos entre ferramentas da informática e práticas pedagógicas que sejam construídos a partir de reflexões fundadas em uma crítica consistente e permanente. Professores(as) reflexivos(as) são essenciais em uma escola que se pretenda de qualidade e que, principalmente, procure colocar-se à altura do seu tempo.


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