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As TDIC no Contexto Escolar: Um Processo

A escola não pode fechar os olhos para os novos hábitos dos(as) alunos(as), com o uso, por que não dizer, frenético das tecnologias digitais. Redes sociais, smartphones, computadores, tablets são elementos presentes nos cenários de vida de muitos(as) jovens, ainda que possam criar ilusões, parecendo afastá-los(as) de um mundo que diríamos real. Ao olharmos o mundo onde os(as) jovens vivem a maior parte do seu dia a dia e o compararmos com a escola, praticamente vazia de tecnologias digitais, fica claro um enorme descompasso. De nada adiantará, no entanto, encher as escolas com computadores, tablets, lousas digitais se os(as) professores(as) persistem despreparados(as) para seu uso, carecem, eles(as) mesmos(as), de uma mídia-educação.

Ao olharmos a vida das crianças e jovens na sociedade atual e nos voltarmos para a escola, veremos dois mundos distintos. O da escola e o lá de fora, pleno de tecnologia. Uma tecnologia que voa e uma escola que se arrasta no tempo.

 

A vision of K-12 students today, um vídeo que aborda uma perspectiva do que os alunos esperam da escola e de seus professores frente às TDIC

 

Nessa circunstância, compreendemos, cada vez mais, a necessidade de que escola abra seus olhos para uma realidade que é dura: seu modelo, criado há muito tempo, parece estar definitivamente esgotado, não tendo mais sentido. Afinal, estamos em um novo momento, vivendo novos ambientes comunicacionais, constatando a exigência de novas habilidades (ver Quadro 1).

 

Quadro 1 – As eras históricas e as mídias

Elaborado pela Equipe de Criação e Desenvolvimento com dados adaptados do Study on the Current Trends and Approaches to Media Literacy in Europe (Fonte: Universitat Autònoma de Barcelona, [2007])

 

O computador, por sua simples presença na escola e nos lares, não provocará mudanças significativas no modo de aprender dos(as) alunos(as), ainda que o uso intensivo de tais tecnologias, notadamente no caso da internet, possa estar moldando nossos cérebros (CARR, 2010), criando uma dependência da informação que, como apontam pesquisadores e pesquisadoras, assemelha-se em muitos casos à dependência química, levando jovens a não conseguirem ficar por algum tempo sem acesso à internet e/ou longe dos seus telefones celulares.

Mas, com certeza, há um uso das tecnologias e das redes que pouco ou nenhum benefício acaba acarretando para as pessoas. Trata-se, diríamos, do uso exagerado da tecnologia, um usar pelo usar.

 

Família na era digital

Fonte: II Encontro de Educação em Rede, (2013)

 


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