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Tópico II - A Narrativa da Vida

Uma Árvore do Conhecimento

Quando falamos em Evolução, geralmente, algumas imagens nos vêm a mente, a figura de Darwin, os tentilhões de Galápagos, a árvore genealógica, o cladograma.

Uma árvore genealógica é uma representação gráfica de conexões familiares entre indivíduos. A árvore filogenética é um recurso bastante utilizado no estudo da Genética, como você bem sabe, para representar a manifestação (fenotípica) de características ou anomalias herdáveis.

Uma representação em parte semelhante à árvore genealógica é o cladograma. A palavra "cladograma" vem da junção de Κλάδος (klados), que no grego significa "ramo" ou "galho", e γράμμα (gramma), que no grego significa "escrita" (daí, gramática).

Cladograma. Fonte

Os cladogramas são bastante utilizados como um recurso importante no estudo da evolução biológica. Trata-se de um diagrama, usado em cladística, que exibe as relações filogenéticas baseadas em caracteres derivados compartilhados, ou sinapomorfias, indicando uma história evolutiva em comum, ainda que não necessariamente uma ancestralidade direta. É importante salientar que existem diversas formas de elaborar essas representações, as quais se devem a diferentes preocupações e, principalmente, ao marco conceitual utilizado na construção do cladograma. Assim, para uma adequada interpretação do cladograma é necessário ter claro seu propósito e os tipos de dados que o sustentam.

Você pode utilizar o cladograma no ensino de diversos conceitos de Biologia, como biodiversidade, por exemplo. O cladograma pode ser um interessante instrumento para que os alunos e as lunas percebam a biodiversidade através de outra perspectiva.

Segundo a pesquisa de Guimarães e Carvalho (2007), o cladograma, por trazer uma abordagem comparativa evolutiva, é percebido pelos alunos como um recurso que facilita o estudo dos seres vivos.

Uma crítica recorrente ao uso do cladograma é o fato dele passar uma ideia muito simplista de uma espécie se transformando diretamente em outra (GUIMARÃES; CARVALHO, 2007), isso pode acabar dificultando que os(as) estudantes percebam a conceituação de espécie como um conjunto de organismos em constante alteração (SANTOS; CALOR, 2007). Dessa forma, ao trabalhar com esse tipo de representação no ensino de Biologia, você deve ficar atento para que seus alunos e suas alunas percebam a evolução como um processo contínuo numa população composta por indivíduos que apresentam variações.

Historicamente, os caracteres morfológicos eram os elementos básicos utilizados para se gerar um cladograma. Hoje, com o avanço das biotecnologias, como o desenvolvimento do método de identificação pelo “DNA fingerprint”, sequências de DNA, bem como de RNA, são elementos utilizados para a elaboração dessas representações. Até mesmo a filogenética computacional é normalmente usada para gerar cladogramas. Com o avanço das tecnologias (digitais), o estudo da evolução vai tomando uma nova face.

 


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