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Tópico II - Leitura de Gráficos e Tabelas e Organização de Dados

 

Aqui vamos trabalhar a leitura de gráficos e de tabelas por meio de uma série de exemplos de diferentes tipos de variáveis e seus gráficos. Com isso, a ideia é que você possa interpretar informações de diferentes naturezas representadas através da estatística e possa relacionar informações veiculadas em diferentes fontes e com diferentes linguagens.

Muitas vezes, para uma análise comparativa de variáveis, combinam-se, em um mesmo gráfico, informações expressas por um gráfico de linhas e outras por um gráfico de barras. Uma aplicação muito comum dessa combinação é o climograma, ou gráfico termopluviométrico. A temperatura, por ser contínua, é representada por uma linha. No caso da precipitação, como é cumulativa, utilizam-se as colunas. Um gráfico assim construído pode mostrar contrastes entre períodos secos e úmidos. Além disso, permite a comparação entre vários regimes climáticos.

A tabela a seguir apresenta dados baseados nas características do clima da cidade de São Paulo. Nessa tabela, temos o índice de chuvas, em milímetros, e a temperatura média mensal, em graus Celsius – a qual foi calculada levando-se em conta as suas extensões máximas e mínimas no período de 1933 a 2012.

 

Dados do boletim de Informações sobre as estações do ano na cidade de São Paulo  (IAG-USP, 2012) 

A observação dos dados dessa tabela permite tirar conclusões. Possibilita indicar, por exemplo, que a média das temperaturas do mês de janeiro é exatamente 21,2°C. No entanto, apesar de ser possível obter diversas conclusões com base nos dados registrados em tabelas, um gráfico que relacione todas as informações permite que sejam mais facilmente visualizadas as variações entre os elementos do conjunto. O gráfico seguinte, gerado a partir dos dados da tabela anterior, constitui o climograma da cidade pesquisada.

Como é possível verificar na imagem, um climograma é composto de dois gráficos em um: o gráfico de linha, que indica a temperatura do lugar, e o gráfico de barras, que representa o índice pluviométrico, isto é, as chuvas desse lugar.

É importante observar com atenção as duas colunas laterais, que indicam as unidades de chuva e de temperatura. No climograma apresentado, a coluna referente às chuvas encontra-se à direita, e a referente às temperaturas encontra-se à esquerda.

Dados do boletim de Informações sobre as estações do ano na cidade de São Paulo  (IAG-USP, 2012) 

 

Análise do Gráfico

 

Baseando-se no climograma apresentado, convidamos você a responder às questões abaixo:

  1. Como é possível relacionar as estações do ano ao índice de chuvas apresentado no gráfico?

  2. Qual é a temperatura máxima anual? E a mínima? Em quais meses elas ocorrem?

  3. A amplitude de um conjunto de dados é definida como a diferença entre o maior e o menor valor do conjunto. Qual é a amplitude do conjunto de temperaturas médias da cidade de São Paulo?

  4. Qual é a amplitude dos dados referentes às precipitações?

  5. Relacionando as duas variáveis apresentadas no gráfico, responda: é verdade que chove mais nos meses mais frios? Justifique sua resposta.

 

Para responder às questões propostas, procure observar:

  • o período a que se refere o climograma: no gráfico apresentado, foram exibidas as médias das variações termopluviométricas anuais de 1933 a 2012 (observe as iniciais dos meses do ano na coluna horizontal);

  • o gráfico mostra que chove mais nos primeiros e nos últimos meses do ano; portanto, a estação mais chuvosa é o verão, ao passo que o inverno é a menos chuvosa;

  • a temperatura média máxima é 22,2 °C, e ocorre em janeiro, e a temperatura média mínima é 15,1 °C, e ocorre em agosto;

  • a diferença entre as temperaturas médias mais altas e as mais baixas é igual a 7,1°C – tal diferença é a denominada amplitude térmica do local representado;

  • os dados desse período específico de tempo permitem afirmar que, em São Paulo, chove mais em janeiro – 227 mm – e menos em agosto – 40mm;

  • por meio do gráfico, é possível perceber que chove mais nos meses mais quentes; 

  • a respeito do climograma da cidade de São Paulo no período de 1933 a 2012, você também poderia fazer a seguinte síntese:  a amplitude térmica não é grande (7,1°C), o verão é quente e úmido, ao passo que o inverno é frio e relativamente seco; é possível afirmar que as chuvas não são bem distribuídas (pois a amplitude pluviométrica de 187 mm é relativamente grande), o mês mais chuvoso foi janeiro e o menos chuvoso foi julho, os meses mais quentes foram dezembro e janeiro, e os mais frios foram julho e agosto.

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